quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Mais 365 dias...


 Apagando as velas do 8º aniversário

Vinte de janeiro. Dia de completar mais um ano de vida. Em 2013, aliás, tenho que ter paciência para aguentar as piadas do mesmo nível da clássica “é pavê ou pacumê?”, já que faço 24 anos. Enfim... a tal piadinha é mais uma história que será incluída na lista dos “causos” que cercam meu aniversário. A começar pela data, que não era para ser dia 20. Minha mãe sempre conta essa história e eu me divirto todas as vezes, nunca me canso de ouvir.

Explico: o médico disse que ela teria contração entre os dias 12 e 19 de janeiro, então poderia esperar tranquilamente em casa. O problema é que chegou o dia 20 e nenhum sinal de vida do bebê, no caso eu. Minha mãe foi, junto com minha avó, de táxi até o hospital Santa Isabel de Clinicas (atual Hospital Regional de Taubaté) e lá falou para o médico que não teve contrações. Uma cesariana foi feita com urgência, às 15h25. A razão para a contração não acontecer foi o fato de eu estar dormindo. Ou seja, cheguei ao mundo atrasado alguns dias, por causa do sono. Acho que isso explica a minha eterna dificuldade de acordar cedo ou de ter uma pontualidade britânica.

Vinte de janeiro. Dia de São Sebastião. Ainda bem que minha mãe não foi carola demais ao ponto de me batizar com o nome do santo. Já pensou, na hora do parabéns: “SE-BAS-TI-ÃO, SE-BAS-TI-ÃO”, em coro? Porém (ahhh, porém) não escapei do nome composto para não dar briga entre meus pais, já que cada um escolheu um nome. Se você está lendo esse texto e não sabe, me chamo Bruno Eduardo Baptista Castilho. Bruno por parte de mãe (ela adorava uma novela sobre italianos que passava na época e o personagem principal tinha esse nome) e Eduardo por parte de pai porque... ele achou bonito. Simples assim.

Vinte de janeiro. Só quem faz aniversário nesse mês sabe o quanto é traumático para uma criança não conseguir reunir seus coleguinhas para sua festa porque todos estão em Ubatuba. A saída, não muito agradável, é fazer a comemoração em fevereiro. As minhas festas aconteciam, geralmente, entre os dias 5 e 10. Tentei argumentar várias vezes contra esse plano, mas a resposta era a mesma: “Ok, vamos fazer em janeiro e você terá como convidados apenas suas tias-avós”. Não tinha réplica. Nem poderia.

Vinte de janeiro. Quando era criança, sempre tentava encontrar alguém famoso, de peso, que fizesse aniversário no mesmo dia que eu. Ou então algum fato histórico que tenha acontecido no dia 20. Bom, de "famoso" que faz aniversário na mesma data só encontrei o Wagner, goleiro do Botafogo nos anos 1990 e marcado pela fama de não enxergar à noite, e o jornalista Jorge Kajuru (se você não conhece, procure uma entrevista dele à Adriane Galisteu para ver o "naipe" da pessoa). De fatos históricos temos uma morte, a do Garrincha, em 1983 e a segunda apresentação do Barão Vermelho no Rock in Rio de 1985 (pelo menos uma para salvar!).

Vinte de janeiro. Nos dois últimos anos passei meu aniversário trabalhando. Em 2011 cobri um assassinato em Caraguatatuba. Em 2012, fiquei o dia inteiro no Pinheirinho, em São José dos Campos (dois dias depois as pessoas que moravam lá seriam retiradas). A música que os moradores cantavam na época ainda está na minha cabeça: "O Pinheirinho, o Pinheirinho ó. A nossa luta aqui vale mais que ouro em pó...". Isso era repetido como um mantra. Foi puxado, mas não reclamo. Foi até bom. É como se ganhasse experiência, profissional e pessoal, de presente.

Vinte de janeiro. Com a modernidade ficou mais fácil para as pessoas mandarem "parabéns", seja pelo Facebook, por mensagem de celular ou e-mail. Agradeço, mas prefiro os telefonemas. Melhor: prefiro os abraços, claro, de pessoas que verdadeiramente considero. Não sei se isso será possível esse ano. Espero que seja.

Vinte de janeiro. Mais um ano...
Aniversário de 5 anos, em 1994.

Um comentário:

  1. Mais uma vez, parabéns pelo texto. E mais Parabéns pelo aniversário. Saúde, sucesso e Felicidade, são os meus votos.

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