Pra mim sempre foi inevitável: era só assistir o filme "De volta para o Futuro" que imaginava ter um DeLorean daqueles, com portas no estilo 'asa de gaivota', para passear no tempo e ir para onde eu quisesse.
Na verdade, dentro da minha imaginação de criança, era muito complicado pensar no carro. Sempre pensei em algo mais prático, como um relógio, por exemplo. Algo que fosse fácil de carregar. Seria então um "DeLorean de bolso".
Os anos se passaram e esse "objeto" ainda não saiu da minha cabeça. Dependendo da situação, penso como seria (e o que aconteceria) caso tivesse um aparelho desse.
Penso em voltar ao passado e viver um pouco das histórias engraçadas que meu pai conta da época em que ele era jovem ou assistir um jogo do Taubaté na primeira divisão do Campeonato Paulista contra os times grandes no Joaquinzão. Não, melhor: penso em como seria assistir um jogo do Taubaté no antigo Campo do Bosque, bem perto do gramado, podendo xingar o Pelé, só para ele perder a concentração (digo xingar porque seria adversário. Claro que iria vibrar com o futebol do Rei junto com Pepe e companhia).
Poderia voltar aos anos 80 e comprar discos que não consigo achar nos dias de hoje, nem em sebos, nem em lojas especializadas.
Claro, penso também no que poderia ter feito de diferente há alguns anos atrás e consertar certas coisas. Mas, na minha imaginação, esse aparelho não seria apenas para ir e voltar. Serviria também para parar o tempo, sendo que só eu e a(s) pessoa(s) que estivesse(m) comigo não parariam (ok, eu sei que é viagem demais, delírio demais). Isso seria bom para aquele momento em que você está relaxado, não quer saber de outra coisa, apenas de curtir o momento.
Um exemplo: Quando você está com uma linda garota, dando beijos maravilhosos e tem que parar, pois vai acordar cedo para trabalhar no dia seguinte. Essa seria a serventia.
Só que ao mesmo tempo que penso nas coisas boas, penso o outro lado da moeda. Coisas do tipo: "Por que só eu teria um desse?"; "E se várias outras pessoas também tivessem um aparelho desse. O que aconteceria?"... e por aí vai.
Aí eu caio na real e começo a pensar que, por não poder voltar no tempo, temos que dizer as coisas se estamos com vontade de dizer, fazer as coisas se estamos com vontade de fazer, etc, etc, etc. O discurso, claro, é muito fácil. Temos "só" que colocar em prática.
PS.: Estava procurando fotos para esse post e encontrei um relógio em homenagem ao DeLorean. Tomei um susto, mas não passa de um relógio de pulso (ainda).
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